CAMBADA DE INCOMPETENTES
A escolha do inglês Owen Hargreaves como o melhor em campo do jogo em que Portugal eliminou a Inglaterra do Mundial foi, no mínimo, discutível mas se atendermos a que o membro do Grupo de Estudos Técnicos (TSG) da FIFA que fez a análise do encontro de Gelsenkirchen foi Roy Hodgson a decisão começa a entender-se. É que o antigo seleccionador suíço e ex-treinador do Inter de Milão é... inglês.O mais incompreensível é que Hodgson é apenas um dos 14 membros do TSG e o único inglês. A sua visão da partida dos quartos-de-final é, acima de tudo, uma exaltação constante do desempenho da formação britânica, derrotada no desempate por grandes penalidades.
"Foi uma actuação heróica da Inglaterra, sobretudo com apenas dez homens em campo, depois da expulsão de Wayne Rooney, aos 62 minutos. Apesar dessa desvantagem, a equipa de Sven-Goran Eriksson continuou a defender e a atacar inteligentemente, criando mais chances de golo do que os adversários", escreveu Hogdson, elogiando ainda Hargreaves como o melhor exemplo da exibição inglesa.
"Foi uma pena um jogo assim ter de ser decido na cobrança de penáltis, mas quando isso acontece, depende de qual a equipa que tem maior controlo emocional e, mais uma vez, a Inglaterra perdeu na decisão por grandes penalidades. Mas durante os 120 minutos, os ingleses foram melhor equipa e Portugal pode considerar-se feliz por sobreviver a este jogo", concluiu o técnico inglês.