Filmaço...
Dois agentes infiltrados vêm um dos seus bufos ser morto. Entram numa investigação paralela para descobrir culpados.
É em duas linhas que se pode contar o mínimo indispensável, para o resto façam o favor de levantar os rabinhos e irem para o escuro de uma sala de cinema.
E vale a pena?
Miami Vice é antes de mais um dos filmes do ano, e, o seu a seu dono, um filme de Michael Mann. Ora, dizer que é um filme de Michael Mann é já dizer bastante. É caracterizar o ambiente, a forma e o estilo do mesmo.Miami Vice podia ser muita coisa, podia ser um blockbuster de verão à medida dos outros todos, isto é, um filme estúpido para gente imberbe, com nenhum conteúdo e de fórmula testada e pouco variada, e ganhar rios de dinheiro.
Mas Mann optou por outra coisa. Miami Vice tem no seu todo um pouco de Heat e um pouco de Collateral, há parecenças na forma como a história se desenrola, somos levados da mesma forma, um pouco em desuso, de contar a história. E quando digo forma de contar a história não quero dizer que não haja explosões, efeitos especiais, acção, humor e sexo, como nos outros blockbusters todos, mas aqui é diferente. Mais do que divertir estupidamente o espectador, Mann diverte-se a contar uma história adulta, e demora o seu tempo. Na minha opinião Miami Vice não é um filme lento, longe disso, mas para esta nova geração grassará por vezes o secante, já não é esta a velocidade a que estão habituados.
Miami Vice não será um filme perfeito, mas sobe alguns degraus em relação aos dois filmes citados anteriormente, o filme é todo ele uma banda sonora andante, e o início com Linkin Park é delicioso, as interpretações muito boas, a realização é o que Mann nos habituou e a história interessante.
Se tem alguma coisa da série dos anos oitenta? Não faço a mínima ideia... e não me interessa. Miami Vice é realista, crú, triste, violento, negro e cool.
Pssst! Levanta o rabiosque e vai ver.